BELEZA É PARADIGMA?
Em cada povo, cultura, raça ou nação a beleza tem seu paradigma...
Do outro lado do Atlântico, na contramão do modelo ditado pelas “anoréxicas” top models, há mulheres que não medem esforços para ostentar uma silhueta bem acima do manequim 48 (ai, eu quero morar lá.....rrrsss).
De acordo com um estudo desenvolvido pela Universidade de Yale, Estados Unidos, algumas comunidades africanas associam a gordura à riqueza e à saúde. Mulheres solteiras do Níger, África Ocidental, fazem uso indiscriminado de suplementos alimentares e medicamentos para abrir o apetite. Detalhe: o país tem um dos menores índices de desenvolvimento humano do planeta (IDH), adotado pela Organização das Nações Unidas para medir a riqueza e o bem-estar das nações.
Há quem opte pela escarificação, eventualmente uma mutilação, ou então, perfuração, mutilação, redução dos pés, tatuagem; vale tudo para que o homem se identifique dentro de seu grupo social, de acordo com sua cultura. Os padrões de beleza, neste contexto, são muito relativos, embora seja a mulher, muitas vezes, quem use esses “acessórios” para ser considerada mais bela e sensual.
Sem viajar muito, encontramos no Brasil indígenas de várias tribos que usam da tração para aumentar partes do corpo, como o lóbulo da orelha, o nariz e os lábios. Isso quando não o fazem com a finalidade de se protegerem contra doenças e maus espíritos ou para realçar a beleza. As mulheres xinguanas, por exemplo, costumam se utilizar do uluri, um pequeno triângulo de líber, como única “indumentária”. Colocado sobre o púbis e amarrado à cintura com fio de buriti, sua presença significa que ela não está disponível ao sexo.
É na África também que encontramos hábitos culturais antigos, que persistem até hoje, verdadeiras aberrações, como as mutilações sexuais femininas. Mesmo com a criação, em 12 de fevereiro de 2004, do dia pela Abolição das Mutilações Genitais Femininas, a prática ainda resiste. É feita em meninas, muitas vezes, ainda bebês. As mutilações são consideradas como rituais de feminilidade, e têm um papel determinante no processo de socialização das meninas, rumo à idade adulta, e na construção de uma identidade africana étnica. Na Mauritânia, a não-excisada não tem o direito de ser enterrada com os rituais tradicionais. Para não ser considerada “impura”, seu clitóris é cortado por ocasião da lavagem do corpo.
Entre as mulheres berberes do norte da África, o costume são as tatuagens e técnicas feitas com hena nos pés e nas mãos, semelhantes a meias e luvas, transmitidas de mãe para filha. Embora sejam decorativas, em muitos casos, seu principal objetivo é proteger contra forças sobrenaturais. Espécie de talismã, devem assegurar a saúde e o bem-estar da pessoa. No passado, também serviam para identificar os membros de uma determinada tribo. Denominados siyala, os desenhos embelezam e ajudam a promover a fertilidade. São usados pelas mulheres, principalmente durante a puberdade.
Na Índia, além de trazerem boa sorte, a essas pinturas chamadas mehendi (em sânscrito), bastante usadas em celebrações religiosas, em especial em festas de casamento, são atribuídos poderes mágicos. Na véspera, a noiva é tatuada com desenhos que simbolizam energias positivas, purificação, saúde e riqueza. Nessa ocasião, ela se reúne com suas amigas para discutir os temas do casamento, enquanto pintam-se umas as outras. A arte mehendi era praticada na Mesopotâmia, mais tarde, entre os egípcios; foi incorporada à tradição hindu no século 12. É utilizada também em batizados e enterros, sempre com o intuito religioso.
Na Índia, além de trazerem boa sorte, a essas pinturas chamadas mehendi (em sânscrito), bastante usadas em celebrações religiosas, em especial em festas de casamento, são atribuídos poderes mágicos. Na véspera, a noiva é tatuada com desenhos que simbolizam energias positivas, purificação, saúde e riqueza. Nessa ocasião, ela se reúne com suas amigas para discutir os temas do casamento, enquanto pintam-se umas as outras. A arte mehendi era praticada na Mesopotâmia, mais tarde, entre os egípcios; foi incorporada à tradição hindu no século 12. É utilizada também em batizados e enterros, sempre com o intuito religioso.
Enfim, se fôssemos falar aqui sobre os paradigmas de beleza do ponto de vista cultural, esse post daria “pano pra manga”.
O que nós queremos é refletir sobre a nossa própria maneira de interpretar a beleza, e se nessa busca representamos de fato quem somos na nossa essência, ou estamos no personagem?
O QUE É BELEZA PRA VOCÊ?
Reflitam meninas....
Bjbjbjbjbj,
Ligia Lima
Consultora Visagista
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