sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CRIS GUERRA .... "Libertando-se" dos cabelos? ....


Esta é a Cris Guerra... Linda, charmosa e com muuuito conteúdo......
A blogueira, escritora e publicitária tornou-se formadora de opinião em moda, gerando novos hábitos de consumo com seu bom gosto e seu olhar simples e cotidiano, de quem gosta e consome moda.
A experiência de uma mulher que “abriu mão" do cabelão.... e olha no que deu....
"O que aquele cabeleireiro havia acabado de tirar das
minhas costas não era cabelo: era o peso da
expectativa do mundo".
Você conhece alguém que sonha ter os cabelos ondulados?
Pois os meus pertencem a este meio-termo infeliz:
 nem o ar angelical dos lisos escorridos, nem a
 aura sexy dos lisos esvoaçantes e muito menos as fantasias que moram debaixo dos caracóis.
Por muito tempo acreditei que só com fios longos
escorridos eu seria digna de respeito. Cresci vendo minhas
irmãs alisarem os seus. Seguindo o exemplo, passava
semanas debaixo do secador, uma vida fugindo da chuva
e muitos banhos ouvindo o barulhinho da água batendo na
touca – e saía sempre com a sensação 
de não estar limpa o suficiente.
 O nível mais baixo a que cheguei foi dormir com os
fios enrolados ao redor da cabeça, detidos como criminosos
por uma meia-calça. 
Eu me deitava um monstro na ilusão de amanhecer linda e bem-nascida — naquele tempo, não
existia chapinha.
Até que me rendi ao corte da moda: o repicado. Subi uns
dez pontos na escala do amor-próprio — não fosse o fato
de me tornar mais uma sósia do Keith Richards, o que só
percebi anos depois, vendo minhas fotos antigas. 
Os cabelos cresceram, fui de novo ao salão, 
mas não tive a mesma sorte:
o cabeleireiro errou a mão, cortando bem curto na frente
e deixando um longo mullet para compensar. De roqueira,
passei a uma sertaneja cabeleira Chitãozinho & Xororó.
Apegada aos poucos fios longos que o corte me havia
deixado, sustentei a situação por algum tempo — minha
autoestima parecia ser diretamente proporcional ao comprimento deles.
Eu tinha 19 anos e trabalhava num banco quando finalmente
fui salva: um dos clientes, cabeleireiro, colocou sobre
a minha mesa o seu cartão de visitas. Entendi o recado. No
dia seguinte, eu estava diante dele, corajosa: "Corta tudo."
Não imaginava que aquela frase pudesse proporcionar tamanho prazer a um homem.
Com suas mãos de tesoura, ele começou extirpando os
longos fios aos quais eu havia me afeiçoado tanto. Balancei
a cabeça para um lado e para o outro. Uma surpreendente
sensação de leveza tomou conta de mim. O que aquele
cabeleireiro havia acabado de tirar das minhas costas não
era cabelo: era o peso da expectativa do mundo. 
Naquele dia, acho que nasci outra vez.
Hoje, cerca de 240 cortes depois, me sinto a cada dia
mais à vontade com meus cabelos curtos. Arrepiados, com
gel ou musse, curtíssimos ou maiores, penteados ou no
melhor estilo rock'n'roll, só uma coisa não muda: a certeza
de que o parâmetro para me aceitar está em mim mesma.
Deve ser por isso que, à beira dos 40, eu me sinto como eles:em plenos 20 anos".
Amei tudo o que a Cris disse, com muita propriedade.......
Certa vez, uma cliente minha que é psicóloga me disse que tinha verdadeira admiração pelos cabeleireiros, porque eles tinham uma coragem incrível de simplesmente cortar os cabelos ....
Eu simplesmente lhe respondi que o cabelo faz parte do senso de identidade de uma mulher, por isso era tão séria a nossa profissão, pois se o fizermos de uma forma aleatória ou displicente, podemos levar uma mulher à depressão... O cabelo sem dúvida, pode ou não expressar o momento de vida e muitas vezes pode expressar escravidão ou libertação....
Mas tudo tem o momento certo...... Ninguém pode copiar ninguém ou fazer simplesmente porque o outro fez.... Há tempo para tudo... e até para "abrir mão" do cabelo (se é este o caso) com certeza tem o momento certo....
O cabelo é identidade............................................
Bjsss, bjsss, e... Cris, obrigada por permitir mostrar seu texto
 tão verdadeiro  e tão oportuno.
Lígia Lima
Consultora Visagista

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O CABELO DELES



O Cabelo Deles

O público masculino está consumindo mais produtos para os cabelos e também preocupam-se com a saúde dos fios.

Sim, eles estão mais vaidosos ou pelo menos estão assumindo mais abertamente e sem preconceitos, a importância com a própria aparência. De acordo com o levantamento do Euromonitor em 2008, o Brasil é o segundo maior mercado do planeta voltado para a beleza masculina, à frente do Japão e perdendo apenas para os EUA.
É fato que os homens estão consumindo e utilizando mais cosméticos. Os produtos destinados exclusivamente a eles já existem no mercado há muitos anos, porém, hoje em dia a oferta e variedade são muito maiores. E entre os que mais se destacam, estão os produtos para o cuidado e o tratamento dos cabelos.

Características de consumo - Produtos para os cabelos

Os homens possuem um perfil diferente do das mulheres na hora da compra. Ele prioriza a qualidade e a facilidade na forma de aplicá-lo. Com o tempo esse público foi elegendo seus produtos preferidos e com os quais melhor se adapta.
É o caso do gel, há muito tempo o preferido dos homens que querem fixação com brilho molhado e praticidade. Os cremes sem enxágüe, também estão entre os escolhidos, principalmente para aqueles que gostam de definir seus cachos. Já as ceras e pomadas com alta fixação, são indicadas para os que preferem usar topetes ou penteados mais descolados e dão um toque de informalidade.

A saúde dos fios - Segundo o dermatologista especialista em Tricologia, Dr. Ademir Jr

Há, portanto, quem questione o uso destes produtos em virtude de serem possíveis causadores da tão temida queda capilar ou de problemas como seborréia e as dermatites. No caso dos géis, tanto a queda de cabelos como a dermatite podem ser descartadas.
Os cremes, as pomadas e as ceras pedem uma atenção especial, "por apresentarem certo teor lipídico em sua composição, eles podem sim agravar seborréias e provocar irritabilidade do couro cabeludo, em homens que tenham predisposição a isto", afirma Dr. Ademir Jr.
Outro ponto importante é aquele que envolve a limpeza dos cabelos. Os homens que são usuários habituais destes tipos de produtos, devem estar sempre atentos às lavagens e a higiene capilar. Para que os cabelos não sofram com o depósito excessivo de resíduos destes cosméticos.
Shampoos que façam uma limpeza mais intensa dos fios devem ser utilizados pelo menos duas vezes por semana. "No mais, é só saber qual o melhor produto para cada tipo de cabelo, que atenda a necessidade de cada pessoa e aproveitar dos benefícios que eles oferecem", conclui Dr. Ademir Jr.

Dr Ademir Júnior – Tricologia (Medicina Capilar)
www.ademirjr.com.br – Tel (11) 3864-3967 / (11) 9495-4159

terça-feira, 13 de setembro de 2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O chamado da Beleza e o pintor cego

O chamado da Beleza e o pintor cego


“Um dos mais desoladores aspectos da nossa época é a total destruição na consciência das pessoas de tudo que está ligado a uma percepção consciente do belo. A moderna cultura de massas, voltada para o "consumidor", a civilização da prótese, está mutilando as almas das pessoas, criando barreiras entre o homem e as questões fundamentais da sua existência, entre o homem e a consciência de si próprio enquanto ser espiritual. 
O artista, porém, não pode ficar surdo ao chamado da beleza; só ela pode definir e organizar sua vontade criadora, permitindo-lhe, então, transmitir aos outros a sua fé. Um artista sem fé é como um pintor que houvesse nascido cego”. 
A. Tarkovski, 1998

Como profissionais da área da beleza, devemos ter a consciência da nossa responsabilidade, pois na realidade somos criadores da beleza... 
O número de pessoas insatisfeitas com cabeleireiros é acima da média, e isso nos leva a refletir: 
A formação do profissional no Brasil ainda é precária ou o profissional é acomodado?
Com as oportunidades que existem hoje, penso eu que o profissional é acomodado, e isso aliado à falta de critério para abertura de um salão, promove um nível de profissionais abaixo da média.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam esta não é uma profissão fácil para ganhar dinheiro, antes de tudo exige vocação.
Significado de Vocação:
s.f. Ato ou efeito de chamar (-se). / Tendência ou inclinação para um estado, uma profissão etc.: vocação literária. / Apelo ao sacerdócio ou à vida religiosa. / Fig. Aptidão natural; talento: um médico de vocação.

Profissão requer vocação... Sem vocação não há entrega, não há satisfação... Gostar do que faz é diferente de fazer o que gosta.
Na área de imagem pessoal, a vocação é fundamental, pois partimos do princípio que o rosto é o principal elemento que define a identidade de uma pessoa e que qualquer mudança que se faça ao rosto ou ao cabelo muda o senso de identidade, por isso mais séria se torna nossa profissão, pois trabalhamos diretamente com o senso de identidade.
O profissional da área de imagem pessoal que é VISAGISTA tem em mãos uma ferramenta preciosa para expressar o melhor de cada um, pois busca a beleza das pessoas de dentro para fora...
Só uma pessoa vocacionada usa sua percepção consciente do belo, permitindo a evolução do processo criativo, e o faz de uma maneira prazeirosa, por isso trabalha até 14, 16 horas por dia sem sentir peso. Sua satisfação é ver o resultado do seu trabalho refletido nos olhos de seu cliente quando promove o encontro da beleza interior com a beleza exterior. Isso não tem preço.

Ligia Lima
Consultora Visagista